INTERNACIONALIZAÇÃO DA ARTE BRASILEIRA A PARTIR DOS ANOS 80 E A CONSTRUÇÃO DE HÉLIO OITICICA E LYGIA CLARK COMO REFERENCIAIS CANÔNICOS DESSA PRODUÇÃO ARTÃSTICA.
“After the Future” is a research and exhibition project wich included a Seminar, courses and an exhibition with an emergency feature, prepared in Olympic proportions times of crisis in the context of Rio de Janeiro and Brazil. The show presents works which deals with the institutional failure and political vacuum that dominate the Brazilian present, and the Latin American reality, fulled of brutality and injustice since colonization. At the same time, there are proposals that consider issues such as new models of coexistence, cooperation, creation and subsistence, the same as today emerge around the planet in non-partisan and mobilizing cells of civil society. The art is placed thus as sensitive tool for a critical perception of the world, informing, educating and enabling to dream with futures that cannot come later.
Daniela Labra | Curadora visitante EAV Parque Lage/ Visitor curator at Parque Lage Visual Arts School
Desmontada como um negócio caro, a Casa Daros não cumpriu seu papel, apesar dos esforços de todos os profissionais de alto nÃvel que estiveram envolvidos. Com a desaparição da biblioteca, em pouco tempo a luxuosa instituição será lenda urbana: uma empreitada excêntrica e colonialista, insustentável, que poderia ter gerado grandes frutos no mundo. Seu legado sócio-cultural será apagado logo, restando alguns bons eventos e exposições nem sempre boas, na memória de quem viu.
*Publicado em Jornal O Globo, Segundo Caderno, 11/12/2015.
Mais que ironia, o cinismo talvez seja o tom que amarra a individual de Gustavo Speridião, e isso fica claro quando, no segundo andar da burguesa galeria, nos deparamos com a imensa tela com o dizer “Maldita Burguesiaâ€. Do lado de fora, no terraço com vista para a Lagoa, um conteiner vermelho do estabelecimento exibe o único vÃdeo da exposição. Trata-se de um documentário das manifestações de 2013, com trilha sonora de punk-rock e hardcore, onde se assistem cenas cruas da emoção de manifestantes ainda não polarizados entre o azul e o vermelho, entremeadas por momentos absurdos de violência do estado em resposta à raiva explosiva de jovens irados contra tanta corrupção, mentiras do poder público e intrusões do capital privado no cotidiano.
Há umas semanas, após visitar a exposição Imagine Brazil em São Paulo, no Instituto Tomie Ohtake, postei nas redes reflexões que abriram um interessante fórum crÃtico sobre o peso do mercado de arte na circulação institucional de obras e artistas no Brasil e no mundo hoje. A mostra, encerrada dia 3 de maio, foi pensada em 2013 para levar ao público europeu um panorama da arte brasileira contemporânea emergente, reunindo 14 artistas jovens a outros estabelecidos, escolhidos pelos primeiros como sendo suas referências. Assim, o todo seria uma constelação com distintas gerações que representaria o cenário das artes no paÃs, ainda mal conhecido no exterior.