“Situação” e “Deslocamento”: Workshop livre de teoria, história crítica e práticas artísticas

Renata Lucas. “Cruzamento”. Intervenção urbana, 2004

“Situação” e “Deslocamento”: Workshop livre de teoria, história crítica e práticas artísticas.

Experiência imersiva Com Daniela Labra, no Ateliê da Imagem, Rio de Janeiro

Dia 2/2 de 10h às 17h (com intervalo de almoço)
Investimento: R$200,00 (inclui almo̤o Рprato + suco + caf̩ Рno Da Cozinha Caf̩, localizado no Ateli̻)

O encontro é uma jornada estética multimídia e conceitual, que discutirá livremente os termos “Situação” e “Deslocamento” como conceitos presentes na produção de pensamento e criação na arte contemporânea. Será estimulada a análise crítica de obras de artistas como: Santiago Sierra, Francis Alys, Gordon Matta-Clark, ORLAN, Matheus- Rocha Pitta, Renata Lucas, Robert Morris, Regina José Galindo, Doris Salcedo, Cristina Lucas ente outros.

A atividade é voltada para estudantes, profissionais e público de arte contemporânea ou àreas afins, interessados em aprofundar seus conhecimentos e abordagens críticas. São requisitadas noções básicas da produção e/ou da história da arte no século XX-XXI.

A aula é acompanhada de material audiovisual. Serão apresentados textos breves e será fornecida a uma relação de fontes bibliográficas para pesquisa posterior do aluno.

+ info  http://www.ateliedaimagem.com.br

The Mela* Project


Raqs Media Collective, There Has Been a Change of Plan, 2006

MeLa* European Museums in an age of migrations é um programa de pesquisa com duração de quatro anos, fundado pela Comissão Européia sob a tutela do Programa de Ciências Sócio-econômicas e Humanidades (FP7th).  MeLa* é um programa interdisciplinar que reflete sobre o papel dos novos museus nas sociedades globalizadas, caracterizadas pela migração contínua de pessoas e idéias. O objetivo desta plataforma é definir outras estratétigas de documentação, arquivamento, conservação, comunicação, etc, para as instituições artísticas e culturais contemporâneas, partindo de, principalmente, experiências européias.

Esta plataforma de pesquisa traz temas políticos, econômicos, sociais e estratégicos na discussão de possibilidades de gestão cultural educativa, desde uma experiência muito distinta e distante da realidade defasada da maioria das instituições culturais do Brasil. Porém, apesar dos contextos tão distintos, esta é uma rica fonte para compreender melhor o papel do museu contemporâneo de acordo com a dinâmica das cidades e de seus fluxos sociais e históricos.

O programa se divide em 6 linhas de pesquisa onde são agrupados assuntos de acordo com distintas abordagens teóricas, críticas, históricas e práticas.

http://www.mela-project.eu/ 

Seminário Crítica da Crítica: expansões e limites do pensamento 2.0

“A internet revolucionou modos de produzir, difundir e debater cultura. Qual o papel da crítica quando todo mundo tem direito a opinião? Entre os dias 16 e 19 de outubro, sempre às 18h30, o Seminário Crítica da Crítica: expansões e limites do pensamento 2.0 vai reunir artistas, jornalistas e pesquisadores na Caixa Cultural, no centro do Rio, para discutir os desafios da crítica cultural hoje. As mesas de Música, Artes Visuais, Cinema e Literatura contarão com a fala de expoentes de cada área e o público será convidado a fazer parte do debate”.  Entrada gratuita.

Acesse: facebook.com/seminariocritica

Entrevista com Daniel Lannes

Daniel Lannes. Desertor. Óleo sobre tela. 250 x 350 cm. 2011

Por ocasião da individual de Daniel Lannes na galeria Luciana Caravello, no Rio de Janeiro, em setembro de 2012, foi lançado o catálogo do artista com uma entrevista que abordou questões da história da arte, pintura contemporânea, processo de pesquisa e “brasilidades” possíveis.

Entrevista de Daniela Labra com Daniel Lannes

Galpão da EBA/Fundão/ Rio de Janeiro

14/08/2012

Daniela Labra – “Dilúvo” é o nome da sua exposição. Nós havíamos conversado sobre as referências que você traz no seu trabalho e o que te levou a escolher esse título. Acabamos chegando em um texto sobre a pintura de Leonardo Da Vinci.

 Daniel Lannes – Eu estava lendo para a minha dissertação de mestrado um livro sobre gêneros da pintura, e caiu esse texto nas minhas mãos, que é um recorte do Tratado de Pintura do Leonardo, e é um capítulo no qual ele descreve a forma de se pintar um dilúvio. É quase hilário, do ponto de vista didático, por que ele ensina o pintor a pintar, entre outras coisas, a linha do horizonte, como se deve pintar as montanhas à certa distância, como pintar o ar, e ele então ensina, de certa forma, como pintar um dilúvio. E a descrição do modo de pintar é uma coisa frenética, ele descreve uma série de acontecimentos catastróficos como enchentes, trovoadas, galhos voando, e no fim o texto acaba virando uma espécie de um conto, por que se torna tão confuso no final, tão minucioso e detalhado, que se torna quase um romance, por que são tantos os adjetivos e superlativos, e indicações do que colocar no primeiro e segundo plano, do que está acontecendo, caindo, que realmente é quase uma ficção. E eu achei curioso, não só o fato dele ensinar como pintar um dilúvio, mas também o fato do dilúvio ser, na época, também um tema recorrente – não só o Leonardo, mas Giorgione e o próprio Michelângelo, retratavam o dilúvio que, para a época, era a ideia de um fim, de que o mundo iria acabar em uma tragédia. Assim como hoje há essa ideia do fim em 2012, na época achava-se que o dilúvio era algo que estava para acontecer, havia essa espécie de premonição. Então era um tema.

 Labra – Falando em tema, esse é um assunto interessante quando falamos de pintura contemporânea… (SEGUE)

Curso: Tópicos da Arte Contemporânea após 1960

Helio Oiticica. “Núcleo” 6.  1960

Tópicos da Arte Contemporânea após 1960 – com Daniela Labra

Sugerindo o ano de 1960 como uma suposta virada conceitual e prática no processo criativo e discursivo da arte, o curso tem aulas monográficas sobre artistas e propostas estéticas diversas, que surgiram ou se legitimaram naquela época – e que ainda se reposicionam no meio.Temas discutidos: Neoconcretismo, Arte Conceitual, Minimalismo, Body art, Fluxus, Videoarte, Site-specific, Tropicália, Intervenções urbanas, arte-política, fim da História da Arte, globalização, sistema da arte internacional.

5ª feira | 17h – 19h

02 ago – 04 out

Local:  EAV Parque Lage

www.eavparquelage.rj.gov.br

Joseph Beuys ainda hoje

Beuys, junto com filósofos contemporânes, talvez tenha sido o responsável pela disseminação da noção de que toda a arte é política. Seu ativismo pela importância da arte na vida social hoje pode soar anacrônico para alguns, mas seus fundamentos tem uma potência que ainda pulsa sob as camadas de luzes e ruídos da nossa mídiática cultura. Por que a revolução não será televisionada – ainda que  twittada.

“Joseph Beuys (1921-1986) foi o único artista que estruturou o seu projeto contra a obra de Duchamp. A “banheira” de Beuys rima visualmente e ironicamente com o “urinol” de Duchamp. Para Duchamp, o mais comum e banal dos objetos se tornam sagrados a partir da “minha decisão de colocá-lo num museu”. É o auge da “anti-arte”. Para Beuys, “toda pessoa é um artista”. A experiência pessoal é o único caminho capaz de nortear a criação.

Quem é habilitado a criar? Segundo Duchamp, “aquele que inventa um signo: portanto eu sou o único ou o maior ou o último artista”. Beuys responde que todos “aqueles que conhecem a linguagem do mundo, ou seja, você e eu estamos habilitados a criar”. (Segue o texto de Pedro Maciel em “Digestivo Cultural”)

 

Curso Arte Fora do Cubo 2012_nova data em Maio


Rubens Mano. Apropriação popular de intervenção urbana. Museu da Casa Brasileira, São Paulo, 2004.

Estão abertas as inscrições para a 2a edição do curso: “Arte Fora do Cubo: ações artísticas e reações políticas na esfera da Arte Contemporânea”, na EAV Parque Lage, RJ.


Os encontros discutirão práticas artísticas contemporâneas instauradas desde os anos 1960, que lidam com o limite das regras da instituição cultural ou da galeria de arte. Tais práticas se constróem na possibilidade de ressignificar contextos e espaços não-usuais para a arte, a partir de uma negociação com o aparelho institucional – o qual muitas vezes engessa e direciona a proposta do artista.

A série de encontros apresenta estudos de caso de obras e propostas, coletivas ou individuais, para discutir a experiência estética como possibilidade para levantar questões sociais, políticas e éticas.

Artistas e coletivos abordados: Hans Haacke, Gordon Matta-Clark, 3 nós 3, Marina Abramovich e Ulay, Fluxus, Nelson Leirner, Paulo Bruscky, Jenny Holzer,Yoko Ono,  ORLAN, Carlos Garaicoa, Minerva Cuevas, Regina José Galindo, Tania Bruguera, Guerrilla Girls, Santiago Sierra, Francis Alys, Daniel Buren, Yves Klein, entre outros.

assuntos relacionados: Iniciativas independentes, espaços auto-geridos, interfaces tecnológicas, sistema da arte global, novos eixos produtores de cultura.

Local:EAV Parque Lage, Rio de Janeiro

Horários – 5ª feira | 19h – 21h
Data          – 10 Maio – 28 Junho

+ infos   EAV Parque Lage

 

Robert Morris em entrevista na TATE ETC.

SIMON GRANT: You have been variously described as a minimalist, performance artist, land artist, neo-Dada-ist, conceptual artist and expressionist’ Do these definitions mean anything to you?

ROBERT MORRIS: Nothing. Zero. What a list… I can’t help recalling here Nietzsche’s remark about constantly suffering for what things are called as opposed to what they are.

http://www.tate.org.uk/context-comment/articles/simon-grant-interviews-robert-morris