O meio da arte no Brasil: um lugar nenhum em algum lugar

O MEIO DA ARTE NO BRASIL: UM LUGAR NENHUM EM ALGUM LUGAR
DANIELA LABRA 2008-01-16

O título deste texto refere-se a artigo escrito nos anos 1980 pelo crítico de arte e curador brasileiro Paulo Venâncio Filho, que apontava para a fragilidade do meio de arte no Brasil, chamando-o de “lugar nenhum” (1). Segundo o autor, o cenário da época não promovia realmente a dimensão cultural da produção artística posto que, calcado no incipiente mercado de arte inflado durante o “milagre econômico” da era militar (1964-1985), não se constituía “num efetivo instrumento de institucionalização do trabalho de arte”, uma vez que se investia apenas numa produção já institucionalizada. Nesse contexto, a produção contemporânea era neutralizada de seus aspectos polêmicos e transformada em “afetação cultural” (2), isto é, num produto decorativo pronto para o consumo de uma elite.

Leia a íntegra em ARTECAPITAL.NET

obs. Este texto é uma continuação (e aprofundamento) de artigo publicado na Revista Arte e Ensaios nº 12, Rio de Janeiro, UFRJ, 2006

3 thoughts on “O meio da arte no Brasil: um lugar nenhum em algum lugar”

  1. “Apenas 13% dos brasileiros vão ao cinema a cada ano, 92% nunca frequentaram museus e 93% jamais forma a alguma exposição de arte” Gilberto Gil in Época 28 de janeiro de 2008

  2. estes numeros citados(barrio e duchamp aplaudem a distancia dos museus!), pouco corroboram para determinado “conhecimento”, justamente um conhecimento necessário para apreciação das artes.
    neste mundo de imagens, nossa educação caduca, ao não implementar o ensino de uma sintaxe visual, ao não ensinar história das artes e culturas desde as primeiras séries…cria ausências, e fragmentos, abismos. e este cenários nosso das artes é um tédio, ingressar nestes sistemas aporrinha antecipadamente qualquer alma um pouco mais sensível. mundinho de execuções, e de temor de descobertas…

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *