História das coisas – Versão brasileira

Noventa e nove porcento das coisas que adquirimos se transformam em lixo em 6 meses… Já ouviu falar em obsolescência planejada dos bens de consumo? Pois é… estas e muitas outras informações a respeito de nosso sistema econômico e social em crise estão neste breve e claríssimo vídeo, agora dublado pela organização Permacultura. Perturbador e imperdível.
História das coisas – Versão brasileira

Ataque de pixadores à Choque Cultural

rraurl.com :: cena | Ataque à Choque Cultural

De acordo com a Folha de S.Paulo, a ação foi organizada – via email – por Rafael Guedes Augustaitiz (Rafael Pixobomb), o mesmo artista que em julho deste ano tinha sido expulso da Faculdade de Belas Artes (SP) por ter realizado uma ação semelhante nas instalações do curso. A ação na Choque Cultural foi fotografada e publicada em uma página do FlickR.

A convocatória para o manifesto foi feita através de um flyer chamado ATTACK PART 2 : A CAMINHO DA REVOLUÇÃO 2008 que dizia:

“Evadiremos (sic) com nossa Arte Protesto uma bosta de galeria de arte CHOQUE CULTURAL. Segundo sua ideologia abriga artistas do UNDERGROUND, então é TUDO NOSSO! Declararemos TOTAL PROTESTO.
Local de encontro: Praça Benedito Calixto Rua Cardeal ArcoVerde com Rua Lisboa, próximo dos Metrôs Clinicas e Sumaré.
Horário: 15:00hs > SÁBADO 06/09/08

RESGATEM FRASES !
VIVA A PIXAÇÃO

“TODOS PELO MOVIMENTO PIXAÇÃO”

“Evadir” é quase o contrário de “invadir”. Mas, foi feita uma invasão. O mais interessante disso tudo é o debate mesmo.

comentários: http://www.flickr.com/photos/_choquephotos_/2840611648/

A Performance, o presente e o futuro do jornalismo cultural no Rio de Janeiro

E o evento aconteceu. E foi um luxo. Performance Presente Futuro, no Oi Futuro, trouxe trabalhos incríveis, mostra de vídeos interessantes e 3 palestras que deram muito que pensar. Sim, eu fiz a curadoria e tenho uma visão parcial da coisa. Mas o retorno que tive do público foi esse: um evento com um recorte e produção excelentes.

O ponto alto foi a palestra da artista Orlan, no Brasil a convite nosso. Casa cheia, noite disputada.

Mas, se por  um lado o público compareceu vibrante, por outro a mídia impressa, ainda cara aos divulgadores institucionais, parecia ignorar que mais uma vez algo interessante sobre arte contemporânea estaria acontecendo no fim de semana na cidade da televisão.

Se Orlan foi nosso destaque, para os meios de comunicação locais era só uma extravagância metida a arte. Elevada à condição de ‘corpo estranho’, Orlan ganhou pequeno destaque na revista dominical do principal jornal da cidade. Na coluna “Sei lá, mil coisas…” de 24/08/2008 o diário O Globo estampou uma foto da artista e três perguntas/respostas superficiais. Naquele espaço, que comenta lançamentos comerciais, chacotas e bizarrices da semana, Orlan surgiu ao lado do sósia de Roberto Carlos e de uma nota sobre implantes de cílios. Sei lá, mil coisas…

Na semana do evento lá estava Orlan de novo no mesmo jornal, não no caderno de cultura, cujo editor não dá muita bola para as bobagens da arte contemporânea, mas no guia de programação do fim de semana. Que bom. Mas também que triste: o evento, cujo foco era a performance ao vivo e suas relações com a tecnologia, saiu com o título errado, ficando apenas “Presente Futuro”. E algumas apresentações, como as de Chelpa Ferro e Maurício Ianês, foram divulgadas como ‘vídeos’. Foi como se tivessem suprimido a palavra ‘dança’ de um evento de dança.

O preconceito da mídia carioca impressa com a arte contemporânea faz corar público, profissionais e instituições por que se percebe como ignorância assumida e pensada daqueles que deveriam estimular o exercício intelectual na sociedade. Após um ciclo de decadência, o Rio de Janeiro tem conseguido retomar uma agenda cultural ainda frágil mas já diversa e cosmopolita. Entretanto, o conservadorismo dos que editam o conteúdo dos veículos de comunicação impressos prefere a mesmice daquilo que é comercial.

Porém, talvez eles tenham suas razões: enquanto a fútil celebrity da vez implanta silicone bem-comportado sem alardear conceitos, ajudando a vender artigos, a artista Orlan, cuja manipulação corporal traz questões éticas, estéticas e filosóficas parece muito difícil, merecendo ficar mesmo no plano da bizarrice. Ainda que muitos digam por aí que ela é um dos nomes mais interessantes da arte do século XX.

Sei lá, mil coisas…

Art Dubai – Contemporary Art fair Dubai

Art Dubai – Contemporary Art fair Dubai

Num país onde há censura em vários níveis, a arte contemporânea certamente não pode ser mostrada plenamente – uma vez que ela é provocativa em sua natureza que transcende a forma plástica e o tecnicismo. O site desta feira de arte em Dubai, uma das localidades mais ricas do mundo, me deu tristeza. Para os que adoram criticar a mercatilização da arte e seu esvaziamento em espetáculo, este é um prato cheio. O video de abertura parece o de uma grande feira de negócios onde se negocia petróleo, carros de luxo e obras de arte sem nenhum teor político.

Mas o país que não tem uma bienal ou feira de arte parece que está totalmente fora da ordem mundial, não é mesmo?

desislaciones – residência temporária e intercâmbio artístico

residencia temporal es un proyecto colaborativo que tiene como fin gestionar espacios para alojar de forma gratuita, por cortos períodos de tiempo a artistas, investigadores, trabajadores culturales, curadores, etc que tengan que viajar a otra ciudad o país fuera de su lugar de residencia a realizar alguna exposición, presentación, taller, etc.”

conheça + em www.desislaciones.net

The Electronic Disturbance Theater

Grupo de ativismo social radical que atua no méxico e nos estados unidos tendo como ferramentas ações performáticas e tecnologia digital. Leia o trecho em inglês e clique no link para saber +. Para os que não lêem inglês, segue também link em espanhol com o membro do grupo Ricardo Dominguez.

“The Electronic Disturbance Theater (EDT) is a small group of cyber activists and artists engaged in developing the theory and practice of Electronic Civil Disobedience (ECD). Until now the group has focused its electronic actions against the Mexican and U.S. governments to draw attention to the war being waged against the Zapatistas and others in Mexico. But ECD tactics have potential application by a range of political and artistic movements. The Electronic Disturbance Theater, working at the intersections of radical politics, recombinant and performance art, and computer software design, has produced an ECD device called Flood Net, URL based software used to flood and block an opponent�s web site. While at present a catalyst for moving forward with ECD tactics, the Electronic Disturbance Theater hopes to eventually blend into the background to become one of many small autonomous groups heightening and enhancing the ways and means of computerized resistance.”

link: EDTECD
Entrevista com Ricardo Dominguez (esp): http://www.rebelion.org/cultura/040127rd.htm

[[[ ESTUDIOS VISUALES ]]]

Site da revista espanhola de arte e cultura contemporânea
[[[ ESTUDIOS VISUALES ]]]

Alguns textos podem ser baixados na íntegra e de outros podem ser lidas apenas as primeiras páginas. Entretanto a revista tem uma assinatura relativamente barata e como podemos observar, os textos são de altíssima qualidade. Nada que se compare às ridículas (por que rasas e preconceituosas) discussões jornalísticas sobre a validade ou não das práticas artísticas contemporâneas que têm assolado alguns periódicos nacionais.

UFES é setenciada a pagar indenização por Cine Falcatrua

UFES é setenciada a pagar indenização por Cine Falcatrua 14/11/2007, 15h53
Uma sentença da juíza substituta da 6ª Vara Federal Cível, Renata Coelho Padilha Gera, julgou parcialmente procedente os pedidos indenizatórios do Consórcio Europa contra a Universidade Federal do Espírito Santo por conta do Cine Falcatrua. Trata-se de um projeto defendido em curso de extensão da universidade que, em 2004, promoveu exibições públicas de cinema usando cópias de filmes ilegais obtidas através da Internet. O caso é relevante também por ter sido o primeiro no Brasil a envolver a questão dos downloads ilegais de conteúdos audiovisuais pela Internet, explica o advogado Marcos Bitelli, autor da ação.
O Consórcio Europa pediu a abstenção das exibições públicas de obras por ela licenciadas e a destruição dos equipamentos usados para as exibições. Além disso, pediu indenização por danos patrimoniais e morais. A UFES deverá pagar multa diária de R$ 10 mil por novas infrações semelhantes. Também foi condenada a pagar ao Consórcio Europa, a título de dano material, o valor correspondente aos custos de aquisição para distribuição da obra exibida.
Conforme a fundamentação na sentença da juíza, os pedidos do Consórcio Europa partem do pressuposto de que a UFES violou normas de direitos autorais, de propriedade intelectual e de exclusividade quanto à distribuição de produtos. No caso analisado, referente à exibição do filme “Fahrenheit 911”, a juíza Renata Coelho Padilha Gera considerou que “a autora (o Consórcio Europa) não pode valer-se da violação a direitos autorais ou de propriedade industrial, uma vez que não é a detentora de tais direitos”. Contudo, “a ré (a UFES), ao adquirir a mesma obra, para fins de exibição pública, através de canal não autorizado, causou prejuízo à autora, de ordem patrimonial, uma vez que referido produto só poderia ser adquirido licitamente através da distribuição desta”. Da Redação – TELA VIVA News

(in)felizmente – exposição nacional de não-currículos

(in)felizmente – exposição nacional de não-currículos

Recebi este spam e achei que pode interessar a alguns poucos… ou a muitos. Crítica institucional? Piada? Trabalho de artista a partir de outros trabalhos? Não sei, não sei.

Em 2002 a artista Graziela Kunsch mobilizou uma penca de artistas para se inscreverem no salão da Bahia com projetos absurdos. Segundo ela ” nossa proposta era que cada pessoa ou grupo inscrevesse um projeto de “correspondência”, intitulado “rejeitados”, acrescentando no projeto um parágrafo com o “critério de exclusão”. Este critério de exclusão dizia: “só me aceito se o outro for aceito. este projeto só poderá ser aceito se todos os trabalhos chamados rejeitados forem aceitos”. (rejeitados não vinha entre aspas, de modo que poderia significar os quase 1.700 rejeitados e não apenas os projetos que tinham esse nome)”. No fim das contas a comissão julgadora percebeu a crítica e aprovou todos os projetos do grupo que não conseguiu, assim, ficar de fora do evento (a artista gentilmente comentou e explicou com detalhes o que foram os rejeitados. veja nos comentários a este post.)

Voltando ao tema deste post, ele não tem nada a ver com iniciativa de Graziela e grupo, e me parece que o artista polivalente Tom Lisboa está levando a sério sua tentativa de construir um circuito paralelo com os que ainda têm menos visibilidade no circuito institucional ‘oficial’. Enfim, curioso e certamente, com jeito de jogada de marketing.

CONVOCATÓRIA PARA A PRIMEIRA EDIÇÃO DE (IN)FELIZMENTE – exposição virtual de não-currículos

1) pode participar de (in)felizmente qualquer artista visual do território nacional que teve trabalhos recusados
em curadorias, salões e outros eventos da área;
2) para se inscrever basta enviar para o email tomlisboa@terra.com.br, em arquivo word ou no corpo do próprio email,
as seguintes informações:
itens obrigatórios
a) nome do artista, local em que reside
b) nome da exposição, salão ou evento em que seu trabalho foi recusado
c) ano em que o trabalho foi recusado
itens opcionais
a) comitê curatorial/curador que recusou o trabalho
b) nome e/ou site do trabalho que foi recusado
c) e-mail para contato

Mais informações em www.sinTOMnizado.com.br/infelizmente

Coletivo Sabotagem

Excelente site AntiCopyright, isto é: você baixa textos, envia o seu, pega dicas de software livre e ainda dá gargalhadas com espinafradas no modelo imperialista da Microsoft. Inclusão digital, cultura, educação e liberdade de criação. Estas são algumas das palavras-chave destes caras, que têm TUDO a ver com arte contemporânea.
www.sabotagem.revolt.org