Repasso a carta desta colega de à rea. O CAHO deveria ser referência de centro de arte no Brasil “mas a sua estupidez não lhe deixa ver que eu te amo”…
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Caros amigos,
Comunico o que a Cultura no Brasil propõe para o futuro.
Diante da decisão lamentável da Secretaria das Culturas de extinguir o cargo de Museólogo do quadro do Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, quero tornar público que permaneci durante cinco anos no cargo de museóloga em contrato CLT (Outubro 2003- Fevereiro 2009) e fui destituÃda sob a alegação de que o cargo de museólogo
da instituição seria extinto. Segundo ofÃcio enviado pelo Sr. Randal Farah de Oliveira Leão, Sub-Secretário de Gestão, para a empresa de Recursos Humanos que terceriza funcionários para os órgãos da Prefeitura do Rio de Janeiro, o cargo não foi apenas extinto ele foi tranformado em um cargo de secretária.
Perdi o emprego, mas não a indignação. O ato de extinguir a função de museólogo de uma Instituição Cultural da Prefeitura do Rio de Janeiro, ou seja uma instituição pública é um desrespeito a nossa classe. Como se não bastasse a falta de concurso público para a área e os poucos espaços para exercermos a profissão, o cargo de museólogo vem sendo substituÃdo por diversas áreas, como arquivologia
, biblioteconomia e neste caso, secretariado.
Esta carta não é apenas uma reclamação ou um desabafo pessoal, nem mesmo é uma maneira de obter o meu emprego de volta. É sim um repúdio, um protesto contra os descasos que sofre a nossa profissão. Afinal, enquanto a classe dos teatros esbraveja contra a polÃtica cultural da atual Secretaria das Culturas, as outras “culturas” como Museus, Artes Plásticas, bibliotecas e etc se calam.
credito que consentir e calar-me diante destas decisões é decretar o fim da Cultura e da Museologia para o Brasil.
Quando será que a Museologia terá o seu verdadeiro espaço? E quando o profissional será indispensável à Cultura?
Atenciosamente,
Daniela Matera Lins
Corem 0686-I