Ataque de pixadores à Choque Cultural

rraurl.com :: cena | Ataque à Choque Cultural

De acordo com a Folha de S.Paulo, a ação foi organizada – via email – por Rafael Guedes Augustaitiz (Rafael Pixobomb), o mesmo artista que em julho deste ano tinha sido expulso da Faculdade de Belas Artes (SP) por ter realizado uma ação semelhante nas instalações do curso. A ação na Choque Cultural foi fotografada e publicada em uma página do FlickR.

A convocatória para o manifesto foi feita através de um flyer chamado ATTACK PART 2 : A CAMINHO DA REVOLUÇÃO 2008 que dizia:

“Evadiremos (sic) com nossa Arte Protesto uma bosta de galeria de arte CHOQUE CULTURAL. Segundo sua ideologia abriga artistas do UNDERGROUND, então é TUDO NOSSO! Declararemos TOTAL PROTESTO.
Local de encontro: Praça Benedito Calixto Rua Cardeal ArcoVerde com Rua Lisboa, próximo dos Metrôs Clinicas e Sumaré.
Horário: 15:00hs > SÁBADO 06/09/08

RESGATEM FRASES !
VIVA A PIXAÇÃO

“TODOS PELO MOVIMENTO PIXAÇÃO”

“Evadir” é quase o contrário de “invadir”. Mas, foi feita uma invasão. O mais interessante disso tudo é o debate mesmo.

comentários: http://www.flickr.com/photos/_choquephotos_/2840611648/

8 thoughts on “Ataque de pixadores à Choque Cultural”

  1. Quanto tempo vai durar a exposição na fachada externa da Galeria Choque Cultural ?

    Também tem exposição nas paredes internas ?

  2. Estão dizendo que foi uma ‘sacada de marketing’da Choque. Não sei não.

    Tem gente aprovando o ato vandal, e outros não…

    Só sei que o sistema em que todos estamos inseridos é assim: quem tá fora quer entrar e quem tá dentro não sai…

    Minha modesta opinião se resume em ficar neutra, observar. Ninguém é inocente nem herói nessa história. Ninguém é isento.

  3. Concordo com o comentário acima e é exatamente o que penso pois acho o ato extremamente válido e questionador mas o problema da pixação em si é que ela trabalha muitas vezes (se não todas) em um aspecto que chamo de “gangueiro” ou seja bairrista e exibicionista. Parece ser esse o caso da intervenção da galeira…
    Mas fica a duvida: é um questionamento da arte em si ou simplesmente uma atitude para que o trabalho deles tenha o mesmo status(consequentemente valor mercadologico)?
    Acho que é relativamente simples tentar dar um discurso questionador a uma atitude que PODE vir a ser simplesmente estratégias para ser visto.

  4. 1) “Ataque de pixadores” ??? porque não usar : ocupação da fachada externa da galeria ?
    2) “Ato de vandal” ??? Paredes se pintam isso qualquer galerista sabe. Resta saber por quanto tempo ficarah por lah
    3)”ficar neutra” ???

  5. 1)Ataque de pixadores: os meninos que fizeram a ação parecem querer elevar o pixo à categoria de arte. Devemos então dizer que eles são artistas e não mais pixadores? Se eles querem é continuar sendo pixadores mas terem sua arte reconhecida, isso é super cínico ou ingênuo, por que quando você quer ser considerado artista você quer estar inserido num meio que o receba como tal. Então na verdade esses pixadores, ao pixarem a galeria para serem reconhecidos como artistas estão querendo inserção e fazer parte da turma. E aí o dicurso contestador deles cai por terra. É o que eu disse certa vez sobre minha experiência com a Fabulosas Desordens, bonita exposição de arte gráfica que fiz no Rio, com (originalmente) grafiteiros super inseridos: na rua, o graffiti é transgressão, na galeria é adequação.

    2)Ato vandal para alguns, para outros foi um ato pensado com vontade de inserção. estou tendendo a ficar com a segunda opção…

    3)Ficar Neutra? é, realmente não posso. Me desculpe.

  6. De onde enxergo, a pixação é naturalmente uma vontade de inserção. Nisso a Daniela tem toda razão. Por outro lado, acredito que essa vontade deve ser compreendida frente ao seu contexto. Essa tal necessidade esta diretamente relacionada ao modo de vida urbano em São Paulo. Em outras palavras, é a fatura de um espaço esvaziado (privatizado),excludente, sem perspectivas (horizontes, dai a estreita relação com os prédios). Onde a possibilidade de ação de toda uma geração esta resumida ou a uma reapropriação do espaço através do que chamam de estética urbana, a criminalidade propriamente dita, ou a domesticação de nossa sociedade espetacular. A pixação se oferece como espelho, ela é a resposta possivel a nossa realidade mercantilizada, violenta, excludente. A validade da ação ocorrida na galeria esta justamente ai, na sobreposição de contextos que os “artistas” conseguiram estabelecer. Ao emprestarem algum significado a um espaço de `adequação’ ( no sentido dado ai acima pela Daniela).

    No mais fica essa oportunidade, de discutirmos…..

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